Na avaliação da Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) o Light Steel Frame teve um crescimento de quase 60%. Mas ainda assim, o cenário é diferente quando comparado ao EUA. Veja quais são os pontos que ainda somos diferentes e quais apostas do setor pro ano de 2025.
O steel frame é um modelo de construção civil que chamamos de construção a seco. Suas principais características estão ligadas à sustentabilidade, uma vez que quase não ocorre desperdício de materiais em canteiros de obra, além do uso reduzido de água também. O resultado é uma obra muito mais limpa e muito mais rápida.
A base de um projeto de steel frame é feita por estruturas de aço galvanizado, os quais dão toda a base para a carga estrutural do ambiente. É esse tipo de material que substitui a alvenaria tradicional, mas precisamente os tijolos. A vedação do ambiente fica por conta das placas, essas específicas para a condição de intempéries.
“Mas apesar dos aspectos positivos, como também sua montagem até 40% mais rápida em comparação a outros sistemas construtivos, o steel frame enfrenta desafios importantes como falta de mão de obra qualificada, alto custo do aço é uma questão cultural dos clientes brasileiros, que ainda privilegiam a alvenaria”, alerta Guilherme Manfredini, professor de engenharia civil da Uniasselvi, instituição de ensino superior de Santa Catarina.
E é exatamente nesse ponto que nasce as nossas diferenças com outros países, como EUA, Japão e Austrália. O sistema de construção é recente no Brasil, em que a primeira casa feita nesse modelo foi em 1998. Em contraposição, nos Estados Unidos, 500 mil casas são construídas em Steel Frame todos os anos.
Em 1933 houve um grande crescimento da economia americana e da produção do aço, e que foi possível a substituição do uso da madeira pelas estruturas metálicas, já que essas são mais resistentes às condições climáticas extremas, como alagamentos, vendavais e nevascas. Sendo assim, o país passou a adotar o modelo construtivo como o principal até então.
“Nos países de primeiro mundo, como resposta a necessidade de expansão demográfica, agilidade e sustentabilidade. Países como Estados Unidos, Austrália, Japão, Inglaterra e Portugal e muitos outros da Europa”, afirma Moisés Amâncio, diretor da empresa Amâncio Construtora Inteligente, que é especializada em construção em Steel Frame e atua há mais de 10 anos no mercado.
Sendo assim, no Brasil o modelo de steel frame ainda é considerado novo, tendo ainda muito mercado a crescer e ganhar. Segundo a Associação, ABCEM, o crescimento se deve ao fato de que, diante dos avanços tecnológicos, a indústria da construção civil vem buscando cada vez mais eficiência e eficácia.
A região Nordeste que resistia a essa mudança, definitivamente entrou na nova era, principalmente a partir de 2019”, ressalta Fabio Luis Gerone, vice-presidente de light steel frame da ABCEM.
Além disso, contamos com incentivos das esferas públicas e privadas que contribuem para o desenvolvimento do sistema no nosso país. Alguns exemplos, como a aprovação do financiamento da caixa economica federal e o uso do material para as obras das escolas da rede publica, reforçando o comprometimento do governo com o setor.
Mesmo que em momentos diferentes, o Brasil está em um cenário próspero quando falamos de construção à seco.
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Até o próximo post!
